Todos querem jogar a CONMEBOL Copa América 2021: os 'forasteiros' do torneio

16-06-2021

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A CONMEBOL Copa América 2021 não contará só craques sul-americanos, mas também com talentos além do continente. Todos querem participar do torneio mais antigo do continente, com os melhores jogadores do mundo.

Itália, Inglaterra, Portugal, Espanha, México e Estados Unidos são paí­ses que terão jogadores nacionais, mas naturalizados disputando o torneio sediado no Brasil.

O futebol é um meio poderoso de conectar pessoas com o país de seus familiares ou com seu país de nascença. Com frequência, jogadores com múltiplas nacionalidades precisam tomar a difícil decisão de escolher um só uniforme para defenderem. E ninguém quer perder a possibilidade de participar da CONMEBOL Copa América. 

Para as seleções, pode ser uma oportunidade de incorporar atletas que aprenderam e que vivem o futebol de um local diferente do mundo, em um contexto diverso. Esse frescor pode trazer algo novo para uma equipe e fazer a diferença. 

Conheça os seis atletas que nasceram foram da América do Sul, mas disputarão a CONMEBOL Copa América 2021:

Ben Brereton

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Nascido em Stoke-on-Trent de um pai inglês e uma mãe chilena, Brereton começou sua carreira no Stoke antes de se mudar para o Nottingham Forest, onde estreou como profissional em 2017. O atacante atuou pela primeira vez por seleções pelo time Sub-19 da Inglaterra, ainda em 2017, e logo na sequência foi chamado para disputar o campeonato europeu Sub-19. Marcou três gols e terminou como um dos artilheiros. 

Transferiu-se para o Blackburn Rovers em 2018. Na última temporada, disputou 43 jogos e marcou sete gols. Em 24 de maio de 2021, o Chile confirmou que Brereton seria incluído no elenco para a CONMEBOL Copa América 2021, quando já pôde vestir a camisa da ‘Roja’ pela primeira vez, no empate por 1 a 1 com a Argentina.

Adrian Jusino

O forte zagueiro central nasceu em Springfield, Massachusetts, nos Estados Unidos, em 1992. Ele se mudou com a famí­lia para o país de nascimento dos pais, a Bolívia, e juntou-se à s categorias de base do Bolivar em 2008.

Jusino voltou duas vezes para jogar no país de nascimento, na USL League 2, com o Ventura County Fusion, em 2016, e na NASL, pelo Tulsa Roughnecks, em 2018. Recentemente, sua carreira teve rápida ascensão, com a volta para o Bolivar em 2019, vencendo o campeonato boliviano e sendo convocado para a seleção nacional, na CONMEBOL Copa América 2019. Em 2021, Jusino se transferiu para a Grécia, onde defende o AE Larissas. 

Erwin Sanchez

O atual jogador da seleção boliviana Erwin Junior Sánchez é filho do lendário meia-atacante Erwin Sánchez Freking, apelidado como ‘Platini Boliviano’ por seus compatriotas. Erwin Junior nasceu em Lisboa, durante o período em que seu pai jogava em Portugal. Erwin Sánchez Freking defendeu o Benfica e o Boavista e atuou pela Bolívia em 57 oportunidades. Ao longo da carreira, marcou mais de 100 gols por clubes e seleção. Antes de encerrar carreira, defendeu o Oriente Petrolero, no país natal.

Erwin Junior Sánchez voltou para a Bolívia com os pais e estreou profissionalmente pelo Real Potosi, em 2015, mesmo ano em que recebeu a primeira convocação para a seleção. Foi contratado pelo Blooming, em 2018, e em 2021 apareceu na lista para a CONMEBOL Copa América, apesar de não vir sendo presença constante na equipe nacional. 

Jaume Cuéllar

Cuéllar nasceu em Barcelona, de pais bolivianos. Jogou em categorias de base de clubes menores da Espanha antes de assinar pelo Barcelona, em 2015, marcando 16 gols na primeira temporada com o gigante catalão.

Disponível para defender a Espanha ou a Bolívia, ele decidiu representar a nação dos pais em um campeonato sul-americano sub-17, em 2017, onde causou boa impressão. No mesmo ano, se mudou para a Itália para defender o SPAL, na segunda divisão italiana. Teve poucas chances até aqui, mas estreou pela seleção boliviana em outubro de 2020 e, aos 19 anos, continua gerando expectativa em seu futebol.

Gianluca Lapadula

Gianluca ‘Lapagol’ Lapadula nasceu em Turim de um pai italiano e uma mãe peruana. Jogou pela Juventus quando mais jovem, como goleiro, antes de ir para a linha e atuar como meio-campista e, finalmente, como atacante. Não conseguiu jogar profissionalmente pela Juventus e apesar de chegar a assinar com o Parma, passou os primeiros anos da carreira em clubes da terceira e da quarta divisão local.

Transferiu-se para o Gorica, da Eslováquia, em 2013, onde se saiu bem e um ano depois voltou à terceira divisão da Itália para também se destacar. Chegou à Série B ao ser contratado pelo Pescara e conseguiu anotar 30 gols em 44 jogos. O desempenho chamou a atenção do Milan. Em sua incrível ascensão, ainda defendeu Genoa, Lecce e Benevento na Série A. 

Lapadula foi convocado para a seleção italiana em 2017, mas disputou apenas um jogo amistoso, contra San Marino. Apesar de ter marcado três gols na ocasião, não voltou mais a jogar pela ‘Azzurra’. Como não atuou em partidas oficiais pela Itália, o atacante pôde defender o Peru em 2020 e já participou de quatro partidas pelas Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2022.

Santiago Ormeño

O neto de Walter Ormeño, goleiro da seleção peruana entre 1949 e 1957. Walter disputou a CONMEBOL Copa América de 1949 e teve uma carreira de destaque, passando por diversos clubes da América Latina. Defendeu no Peru o Universitario, o Mariscal Sucre e o Alianza Lima, na Colômbia o Huracán de Medellín, na Argentina o Rosario Central e no México o América e o Atlante. Depois de se retirar dos gramados, se tornou treinador.

O atacante Santiago Ormeño nasceu na Cidade do México, em 1994, e passou a maior parte da carreira no México. Jogou nas categorias de base do América e se transferiu para  o Pumas em 2015. Teve rápida passagem pelo Peru com o Cusco, em 2019, mas passou mais tempo no Puebla, fazendo 17 gols em 40 jogos pela equipe mexicana.

Ormeño foi convocado pelo Peru para a CONMEBOL Copa América 2021 e pode estrear pela seleção no torneio.

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